“Formigarra”
Quão interessantes são as fábulas infantis e espera-se que não sejamos contumazes “inocentes”. As mensagens subliminares de triviais nada tem, mas digamos que servem para puxar a orelha, de forma lúdica, de alguns marmanjões. Porém, tem uns Cabras da Peste já sem orelha e “neca de pitibiriba” de se aprumarem.
Vira e mexe estamos nos debatendo com o dilema entre a cigarra e a formiga. Tá lá a formiga perseverante e resiliente, só na labuta, indiferente ao bom ou mau tempo que está por vir … sempre em frente! Em contraponto, tem aqueles “descolados” de qualquer preocupação ou provisão; cujo princípio é desfrutar o momento, “cantando” vantagem sem importar um palmo à frente. Pois é, acabo de qualificar os “insetos” da fábula em duas linhas … água na canela, ao estilo da vulga superficialidade que domina os dias atuais.
Para seguir adiante e progredir, recomenda-se dar uma olhadela pelo retrovisor, coisa rápida e limitada. Já o panorama que se tem a frente demanda mais tempo e reflexão, pois tem-se uma amplitude angular e profundidade bem maiores. Qual azimute escolher? Vamos seguir de farol alto, baixo ou de neblina? Tudo … depende!!!
Dizem por aí – as boas línguas – que a virtude mora no meio … equilíbrio é tudo!
A cigarra – inconsequente – nos dias atuais está fodida! A formiga – inflexível – nos dias atuais, também, está fodida! Quer dizer então, que a moral da história agora é outra? Não e sim, conforme o ponto de vista do espécie. Sem querer encher o saco de ninguém, é sempre conveniente realizarmos o essencial: (i) releituras com a mente aberta; (ii) buscar novos caminhos além das trilhas já “vincadas” no chão; e (iii) alternar a vista entre o presente, futuro próximo e futuro longínquo (não exagera pra não dá ruim).
Reinterpreto a fábula sem preconceito ou amarras, apontando holofotes para um novo protagonista (tipo dual) fruto da simbiose entre a formiga e a cigarra, apresento-lhes a “formigarra”. Meio formiga (dada a tarefas repetitivas, que as máquinas dão um banho) e meio cigarra (hábil em arte, criatividade e reflexão). E assim, espero seguir feliz, atento e maleável. Um pouquinho mais à frente, nestes tempos ágeis de mutações instantâneas 😉 … sabe-se lá que “bicho” vai dar ou qual trilha sonora vai tocar?
“… Quem só enxerga o próprio umbigo
No ambiente coletivo tropeça
Se não ouve ninguém
Não há Conselho que lhe interessa
Quem é teimoso feito uma mula
Não há rebenque que lhe desimpeça
Se o negócio for só aporrinhar
Peça as contas e se despeça.”
“Algumas pessoas não gostam de mudanças, mas você precisa abraçar a mudança se a alternativa for o desastre.”
– Elon Musk
“Confiança não se pede, não se dá e nem se compra. Confiança se …”
“You learn nothing from life if you think you are right all the time.” – Amazing –