Jeca, Joca e Juca
Quando penso que já se chegou até o fundo do poço, aparece um gaiato para apontar que o lamaçal grosso ocupa um palmo mais abaixo. Sabe aquele concentrado de lama nojenta, gosmenta e asquerosa que dá vontade de “chamar o Hugo” ou, seria, chamar uns 37 outrens.
Idolatria cega é algo do qual se deve fugir, antes que não se tenha mais volta. E o que dizer quando se idolatra uma criatura que não vale um vintém, incapaz de assumir a própria sombra. Só resta assistir nas redes sociais o fervoroso e nervoso negacionismo, já que a cartilha oficial prega nunca admitir terem pisado na bola, a não ser diante de uma poupuda delação premiada. Afinal, como diz a arma cujo tiro mata mil, abraçado ao canhão morre o artilheiro … hurra!
Certa feita recitou o Mourão: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. É … mas dá para acolherar muita gente na lista dos “hipnotizados”, por que espezinhar dos pobres sequelados políticos. Lembro-me – vivamente – da tiazinha cacarejando na frente do 38º BI em Vila Velha – ES, da manada acéfala (massa de manobra) do 8 de janeiro de 2023 em direção ao abate e, recentemente, do lunático “Tio França” que explodiu qualquer possibilidade de anistia, na verdade, trouxe agravo. Agora, nem dentre meus piores pesadelos, poderia imaginar que servidores públicos de escol (altos coturnos) poderiam ser capturados por tamanha estupidez ideológica e estratégica. Que lixo de manobra mambembe!
Se há uma coisa que aprendi no EB foi ser apartidário, o que não tem nada a ver com ser apolítico. Não seguir partidos, bandeirolas ou ídolos (influencers) é se dar direito ao senso crítico sempre presente; portanto, diante de uma ordem/situação avessa aos próprios valores éticos e morais poder/saber expressar a discordância leal. Manifestar-se é salutar, desde que se tenha a capacidade de raciocinar, discenir e responder pelos seus atos; sem ter se permitido ser mero pau-mandado.
Quanto ao ser político, estamos juntos! Nosso Brasilzão tem muito pra melhorar. Acredito não precisar me enrolar numa bandeira verde-amarela para me sentir patriota ou algo que o valha, mas talvez um olhar atento aos feitos e desfeitos dos candidatos aos cargos de poder seja um dever de casa individual. É fundamental e simplório que se mantenha equilibrado os direitos e as obrigações de cada cidadão; qualquer orquestração desmedida, tende a ser uma aberração.
Seja qual for a tragédia surgem favorecidos e, nesta balbúrdia, a mídia convencional atinge o topo de audiência. Os “J*ca”, permitam-me a liberdade criativa, mais parecem os nossos Três Poderes do Brasil, que a semelhança dos patetas norte-americanos, por vezes, são uma extrema comédia e capazes de trapalhadas que doem na alma. No entanto, é só reparar, o Juca tá se destacando. Não sei se pro bem ou pro mal: (i) creio que será bom, caso largem o pé dos acéfalos e peguem de jeito os mandachuvas; ou (ii) péssimo, se apurarem sem isenção, vai tudo pelo ralo que nem aconteceu com o ladrão. Quem sabe!?